Curso Dos Bispos 2020 - Arquidiocese do Rio de Janeiro e CNBB
27 a 31 de janeiro de 2020
S.E. Jorge Carlos Patrón Wong
- PRIMEIRA CONFERÊNCIA: O Discipulado como processo de configuração com o Cristo Bom Pastor
Um único processo discipular
Como ponto de partida, quero citar um parágrafo da Ratio Fundamentalis que contempla a vocação sacerdotal como um único processo: “o que está na origem da vocação sacerdotal é um dom da graça divina, que se concretiza também na ordenação sacramental. Tal dom se exprime no tempo pela mediação da Igreja, que chama e envia em nome de Deus. Correlativamente, a resposta pessoal se desenvolve num processo que se inicia com o conhecimento do dom recebido, e amadurece gradualmente com a ajuda da espiritualidade sacerdotal, até configurar-se através de uma forma estável de vida, com um conjunto de deveres e de direitos, e uma missão específica assumida pelo ordenando”. (RFIS, 34)
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SEGUNDA CONFERÊNCIA: Espiritualidade, Vida e Ministério do Presbitério Diocesano junto ao povo de Deus, ao seu presbitério e ao lado de seu Bispo
O tema que escolhemos poderia ser desenvolvido a partir de inúmeras dimensões, no entanto, julgamos oportuno apresentá-lo com a seguinte estrutura: num primeiro momento, resgataremos alguns elementos da espiritualidade cristã, comum a todos o Batizados, que está na base da espiritualidade episcopal e sacerdotal na qual fomos crescendo pelo Dom da Vocação recebida. Na sequência, adentraremos no que é específico da espiritualidade sacerdotal que, de antemão, podemos afirmar que não nos é estranha, pelo contrário, constituem passos dados em nossa caminhada até o chamado que Deus nos fez ao Episcopado. E, por fim, abordaremos alguns aspectos da espiritualidade episcopal, em vistas da paternidade espiritual a qual somos chamados junto a todo o povo que nos foi confiado, mas, em especial, em vistas da paternidade a qual somos chamados a exercer junto aos Sacerdotes que o Senhor nos confiou.
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TERCEIRA CONFERÊNCIA: O processo de Acompanhamento dos sacerdotes durante a formação permanente
A formação permanente tem caráter eminentemente comunitário e se desenvolve com a colaboração de um inteiro presbitério e seu pastor. A vocação sacerdotal, em si, é um presente de Deus para a Igreja e para o mundo que nasce do seu próprio Coração, mas vem gerada no seio de uma comunidade de fiéis que cumpre o mandado de Jesus de rezar incessantemente.
O itinerário de formação permanente é uma via de santificação para o sacerdote, enquanto vocação própria, e também para seus irmãos, por consequência do seu exercício ministerial. Por isso, podemos dizer ser uma estrada de santificação que não se percorre individualmente, mas sempre tendo como referência uma porção específica do Povo de Deus (cf. RFIS, 3), mais diretamente falando, trata-se daquela comunidade eclesial da qual faz parte o sacerdote e à qual ele é chamado a servir como colaborador do Bispo, sucessor dos Apóstolos e vigário de Cristo dentro da Igreja particular onde está incardinado. Esse mesmo caminho de santificação será percorrido em comunhão com outros irmãos sacerdotes, com os quais compõem o presbitério diocesano.
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