Feita a iniciação cristã, há dois sacramentos que abrem ao fiel baptizado o caminho por onde pode fazer da sua vida um dom de amor, a exemplo e em nome de Cristo: são a Ordem e o Matrimónio. A Ordem torna capaz de apascentar o rebanho de Jesus, com a força do seu Espírito e segundo o seu coração. Na verdade, o ministro ordenado é posto à cabeça da comunidade, mas devemos entender este acto de presidir como serviço: «Quem no meio de vós quiser ser o primeiro – ensinou Jesus – seja vosso servo». Em virtude da Ordem, o ministro dedica-se inteiramente à própria comunidade e ama-a com todo o seu coração: é a sua família, que deve amar com amor apaixonado. Isto, porém, sem ceder à tentação de a considerar como sua propriedade. O único e verdadeiro Esposo é sempre Jesus e a Igreja pertence a Ele e forma um só com Ele. Por isso, o apóstolo Paulo recomenda ao seu discípulo Timóteo que não se canse de reavivar o dom que está nele, recebido pela imposição das mãos. O ministro ordenado precisa de contínua conversão e assídua entrega à misericórdia de Deus; e esta entrega é a sua força e também um válido exemplo que pode oferecer aos irmãos da sua comunidade. Hoje queremos pedir ao Senhor que nunca faltem nas nossas comunidades pastores autênticos, segundo o seu coração.
Amor Apaixonado por a Igreja

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